Tudo isto tem que começar com os pais. O exemplo que dá à mesa é uma boa maneira de melhorar a alimentação do seu filho, até porque o hábito dos mais novos é imitarem os pais…
Pode dizer ao seu filho para comer sopa mas se o pai ou a mãe não comem… quase certo, a criança também não vai querer.
A sopa, a salada, hortaliças e frutas nem sempre são apreciadas pelas crianças, mas também não há necessidade de transformar o momento das refeições num “campo de batalha”. Basta puxar pela imaginação e tudo é possível…
Crus ou cozinhados, a fruta e os legumes são compostos por uma enorme variedade de nutrientes indispensáveis ao desenvolvimento físico e psíquico de cada criança. Por conseguinte, é preciso ter imaginação e meter mãos à obra, para confecionar os pratos mais deliciosos e ao gosto dos pequenos exigentes.
O simples facto de ter alimentos saudáveis disponíveis e à vista pode estimular o seu consumo. Investigadores juntaram tigelas de fruta fresca cortada às guloseimas habituais que os pais levavam para celebrações no infantário e na pré-primária e sem qualquer esforço para encorajar os alunos a escolherem fruta, os investigadores limitaram-se a deixar na mesa as tigelas, juntamente com o resto da comida e para espanto de todos em média cada criança comia o equivalente a uma porção de fruta. É caso para dizer “Ora tomem docinhos e salgadinhos!”.
Até dar nomes diferentes aos vegetais pode ajudar por exemplo, se às cenouras lhe chamassem “Pontas com visão Raio X”, aos brócolos “Árvores do poder”, aos espinafres “ Poção super força verde”, o feijão-verde “ Feijão-verde o doidinhas”… Acredite que o consumo destes alimentos irá aumentar pois as crianças, como na série “Miraculous Ladybug contra as forças do mal”, querem ser mágicos, ter superpoderes e vencer.
Os brócolos, a couve-flor, o tomate, a abóbora e a curgete podem ser secretamente acrescentados sem que as crianças deem conta. Por exemplo pode confecionar puré de batata feito com couve-flor ou cenoura ou feijão-verde, lasanha ou canelones em que o molho é de tomate em vez do molho bechamel, sumo de fruta com espinafres ou pepino, e até mesmo bacalhau à brás, que em vez de batata palha pode ser feito com curgete, etc…
Incorporar vegetais só de forma escondida não deve, porém, ser a única formar de servir vegetais às crianças. Apesar de o apetite pelos legumes poder ser inicialmente pouco chamativo pode ser aumentado mediante exposição repetida. Assim é importante arranjar estratégias que levem a criança a provar mais que uma vez. Jogos como experimentar novos sabores costumam resultar bem como pratos decorados. Isto porque os legumes têm cores muito atrativas e variadas para decorar o prato! (por exemplo, brócolos poderão ser pequenas árvores ou rodela de cenoura ser o sol). Poderá apresentá-los em forma de estrelas, em pauzinhos ou corações…
Basta colocar um autocolante com um boneco que eles gostem, como os Nutri Ventures ou como os cãezinhos heróis da Patrulha Pata, a um pacote de palitos de cenouras ou quadradinhos de fruta (excelente snack para levar para a escola) para persuadir a criança a ingerir estes snacks mais saudáveis.
Para ingerir a quantidade correta destes alimentos as nossas crianças devem comer sopa duas vezes ao dia e saladas, hortaliças ou legumes cozidos quer ao almoço quer ao jantar, estes devem ocupar mais de ¼ do prato. Quanto à fruta deve ser cerca de 3 peças de fruta por dia.
Devemos comer mais frutas e vegetais como se a nossa vida dependesse disso, porque é possível que dependa. Quanto mais diversidade de vegetais e frutas comer, mais benefícios irá obter para a sua saúde. A variedade não só dá sabor à vida como também a pode prolongar.
E lembre-se, se quer que o seu filho faça uma alimentação saudável, será útil servir-lhes de modelo saudável.